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Sérginho poderia deixar definitivamente pasta da Saúde em Piraju

Postado à, 635 dias atrás | 8 minutos de leitura

Sérginho poderia deixar definitivamente pasta da Saúde em Piraju
Luciana Vendrameto  que assume o Departamento de Saúde a princípio por 15 dias (desde a última segunda-feira 25/07) poderá  ficar permanentemente no cargo no lugar do atual diretor  Sérgio Sanches que segundo fontes iria entregar a exoneração ao prefeito na volta dos 15 dias de férias que solicitou.
Embora a administração não confirme a situação de Sérginho estaria insustentável há alguns meses  com crises sucessivas especialmente na administração do pronto socorro ponto crítico da sua gestão.
A tensão com a APAE local também estaria na pauta das dificuldades do diretor por não conseguir dialogar com Elza Scoth, presidente da entidade. 
Sexta passada o prefeito já teria feito visitas a PSFs acompanhado pela assistente social Luciana Vendrameto, funcionária da prefeitura há dez anos que assumiu interinamente o cargo de diretora na segunda-feira. 
A atuação de Serginho vem sendo questionada porque ele não conseguiu, mesmo com todos os recursos destinados à pasta que segundo o prefeito José Maria chega a 33% do orçamento, contornar a crise do Pronto Socorro, a melhoria do atendimento nesse setor e ainda há reclamações no setor dos PSFs. Segundo funcionários há uma tensão, porque embora haja esforços do funcionalismo nessa área, esbarram em burocracias da pasta que muitos afirmam ser consequência de uma gestão equivocada de Sérginho Sanches. A reclamação é que “com ele não há diálogo, ele não aceita”, nos disse uma das pessoas que esteve no olho de uma crise com o diretor. 
A falta de diálogo abriu brechas para que os problemas estourassem no gabinete do prefeito que passou a sistematicamente cobrar posições especialmente sobre o Pronto Socorro, onde as reclamações são intermináveis. Embora gerido pelo Hospital faltaria um empenho do diretor municipal de férias em cobrar soluções e medidas da direção da santa casa e corpo clínico para a melhoria e humanização do atendimento que diariamente tem reclamações.  Por exemplo, embora tenha havido uma conversação e cobrança dos vereadores e prefeito continua o atendimento de um único médico e  não houve nenhuma cobrança do diretor à diretoria do Hospital.Há casos e reclamações que vão de mau atendimento questões mais graves como de uma gestante de 7 meses que perdeu seu bebê nesta terça -feira. Ela disse à Folha que passou pelo pronto socorro na madrugada de sábado e foi encaminhada para casa após algumas horas no PS sem que nenhum médico a examinasse, "nem o plantonista nem o obstetra que estava de plantão a distância. Fui atendida pela enfermagem, o médico medicou por telefone".
Segundo usuários o descaso no PS  "é impressionante". A gestante em questão, aguarda agora  a indução do parto para retirada do bebê, disse ainda que  reclamando de dor no dia que deu entrada a primeira vez a enfermeira chegou a dizer a ela "que aquilo não ia ser nada perto das dores da hora do parto". 
Hoje o Hospital recebe verbas de emendas parlamentares, grande parte solicitadas pelo prefeito, vereadores e representantes de partidos, mas que para chegarem ao Hospital (a maioria) precisam de um plano apresentado pela entidade ao Departamento de Saúde para encaminhamento e liberação junto a orgãos superiores da área regional da saúde. Nessas verbas "que não são poucas", não há exigência de Serginho de que sejam incluidas e feito planejamento de algumas medidas para uma melhora no Pronto Atendimento, incluindo atendimento médico, que no PS deixaria a desejar segundo muitos usuários. 
Toda semana o PS ou Hospital é alvo de críticas na Câmara Municipal por parte de vários vereadores.  O vereador Juninho Braz esta semana em seu facebook pediu a cabeça do diretor alegando que na gestão de Sergio Sanches  entre outros pontos "a atenção básica está totalmente perdida no papel dela, que é a PREVENÇÃO". Juninho pretende apresentar pedido na Câmara para que o hospital informe quanto recebeu somente este ano e em que planos e áreas os recursos foram empregados.
O que ocorre é que não se vê uma mobilização da diretoria de Saúde no sentido de cobrar do hospital e de sua diretoria um planejamento para a melhoria do atendimento no Pronto Socorro que recebe recursos municipais mensais de Piraju e região.
Tampouco no Pronto Socorro, nem na atuação de médicos com especilidades no suporte do PS, chamados de plantões a distância. E no momento haveria casos de médicos plantonistas que teriam cargas irregulares (além do permitido 12 por 36) e que não estariam fazendo o atendimento pessoal no período da madrugada como aconteceu com essa gestante ou durante o dia atendendo com descaso.
Só podemos esperar que a nova diretora possa colocar essa questão na sua pauta de prioridades. Com certeza com apoio do prefeito José Maria que já mostrou mais de uma vez que exige situações claras "e atendimento respeitoso aos cidadãos na área da saúde".
Talvez como fez na questão das máscaras (mantidas por mais 30 dias diante do aumento dos casos de COVID 19), seja hora do prefeito e vereadores convocarem uma ampla reunião com representantes da comunidade e mudarem regras que sobrecarregam a população que procura o PS de Piraju e é atendida como vilã da história.
O prefeito José Maria e vereadores tem conquistas consideráveis que lhes dão condições para debater esse tema e achar uma solução inclusive com o corpo clínico em que existiriam profissionais que não estariam dispostos a sair de sua zona de conforto.
Nas suas declarações ao transmitir o cargo a Luciana o prefeito José Maria Costa não confirmou a saída definitiva de Sérginho. José Maria citou o diretor e disse que está de férias.