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População de Piraju protesta contra aterro sanitário no bairro dos Felix

Postado à, 401 dias atrás | 4 minutos de leitura

População de Piraju protesta contra aterro sanitário no bairro dos Felix
Tentativa de empresa privada de fazer aterro Sanitário em bairro rural de Piraju gera protestos.
 
Neste sábado várias pessoas fizeram uma manifestação contra a intenção de se construir um aterro sanitário no município de Piraju. Essa possibilidade veio com a concessão de uma Licença Prévia pelo Governo do Estado de São Paulo/Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, e Cetesb, à empresa Calcário Guapirama, para explorar uma área rural para a construção de um depósito de lixo.
Outra ação deve ser feita na Câmara Municipal de Piraju na próxima terça-feira, dia de sessão na Câmara. 
 
A área fica no bairro que acomoda moradores e residências na comunidade do Bairro dos Félix, onde também há produção agrícola. Para piorar se esse depósito for construído no local pode também atingir o Bairro dos Pereiras, que fica do outro lado da estrada, bem próximo.
Na área que querem construir esse aterro há o Ribeirão Monte Alegre, no Bairro dos Pereiras que, passa a 2,5 km de onde pretendem instalar essa obra. E do lado do bairro dos Félix, a área é toda banhada pela Represa Jurumirim
O local conta ainda com outras nascentes, e um açude significativo.
 
Uma Organização não governamental de Piraju denominada Panema Livre postou em suas redes sociais os Impactos Negativos do Aterro:
 
1-Poluição do meio ambiente com vazamentos de líquidos e gases; 
 
2-Contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos; 
 
3-Riscos aos animais selvagens; 
 
4-Limite de quantidade de camadas de lixo;
 
5-Presença de ratos, moscas e transmissão de doenças; 
 
6- Alto custo econômico na implantação e na manutenção
 
A Panema Livre lembra que no Aterro (resíduo orgânico) o gás metano que é liberado no solo é 22 vezes mais nocivo em termos de efeito estufa, do que o dióxido de carbono (CO2).
 
Vejam a importância do descarte correto, da coleta seletiva❗
A entidade explica que a coleta seletiva com o lixo orgânico deveria ser a solução levando esse tipo de resíduos composteiras, e somente ir pro aterro, o resíduo/rejeito. E citam o exemplo da Lei da Compostagem em Santa Catarina que instituiu  “a obrigatoriedade da destinação ambientalmente adequada de Resíduos sólidos orgânicos por meio dos processos de reciclagem e compostagem”
 
A ONG lembra que estamos em tempo de escassez hídrica, e que "um projeto como esse já implantado com uma placa no local sem o conhecimento geral da população é inaceitável".
 
Por ser um município turístico onde a gestão municipal tem bandeiras sustentáveis seria o caso do município lutar por empresas que transformam lixo em adubo, que possam Processar resíduos e até num processo de carbonização - transformar resíduo em energia elétrica, o que já é uma realidade em algumas localidades.
Os manifestantes deste dia 16, dia Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio os manifestantes pedem a união de forças "contra projetos que geram tamanho retrocesso ao município. Precisamos saber e estudar as soluções cabíveis!"