Tentativa de empresa privada de fazer aterro Sanitário em bairro rural de Piraju gera protestos.
Neste sábado várias pessoas fizeram uma manifestação contra a intenção de se construir um aterro sanitário no município de Piraju. Essa possibilidade veio com a concessão de uma Licença Prévia pelo Governo do Estado de São Paulo/Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, e Cetesb, à empresa Calcário Guapirama, para explorar uma área rural para a construção de um depósito de lixo.
Outra ação deve ser feita na Câmara Municipal de Piraju na próxima terça-feira, dia de sessão na Câmara.
A área fica no bairro que acomoda moradores e residências na comunidade do Bairro dos Félix, onde também há produção agrícola. Para piorar se esse depósito for construído no local pode também atingir o Bairro dos Pereiras, que fica do outro lado da estrada, bem próximo.
Na área que querem construir esse aterro há o Ribeirão Monte Alegre, no Bairro dos Pereiras que, passa a 2,5 km de onde pretendem instalar essa obra. E do lado do bairro dos Félix, a área é toda banhada pela Represa Jurumirim
O local conta ainda com outras nascentes, e um açude significativo.
Uma Organização não governamental de Piraju denominada Panema Livre postou em suas redes sociais os Impactos Negativos do Aterro:
1-Poluição do meio ambiente com vazamentos de líquidos e gases;
2-Contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos;
3-Riscos aos animais selvagens;
4-Limite de quantidade de camadas de lixo;
5-Presença de ratos, moscas e transmissão de doenças;
6- Alto custo econômico na implantação e na manutenção
A Panema Livre lembra que no Aterro (resíduo orgânico) o gás metano que é liberado no solo é 22 vezes mais nocivo em termos de efeito estufa, do que o dióxido de carbono (CO2).
Vejam a importância do descarte correto, da coleta seletiva❗
A entidade explica que a coleta seletiva com o lixo orgânico deveria ser a solução levando esse tipo de resíduos composteiras, e somente ir pro aterro, o resíduo/rejeito. E citam o exemplo da Lei da Compostagem em Santa Catarina que instituiu “a obrigatoriedade da destinação ambientalmente adequada de Resíduos sólidos orgânicos por meio dos processos de reciclagem e compostagem”
A ONG lembra que estamos em tempo de escassez hídrica, e que "um projeto como esse já implantado com uma placa no local sem o conhecimento geral da população é inaceitável".
Por ser um município turístico onde a gestão municipal tem bandeiras sustentáveis seria o caso do município lutar por empresas que transformam lixo em adubo, que possam Processar resíduos e até num processo de carbonização - transformar resíduo em energia elétrica, o que já é uma realidade em algumas localidades.
Os manifestantes deste dia 16, dia Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio os manifestantes pedem a união de forças "contra projetos que geram tamanho retrocesso ao município. Precisamos saber e estudar as soluções cabíveis!"