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Ruas de paralelepípedo começam a ser asfaltadas em Piraju

Postado à, 1318 dias atrás | 7 minutos de leitura

Ruas de paralelepípedo começam a ser asfaltadas em Piraju
Várias ruas de paralelepípedo na área central e alguns bairros da cidade tiveram iniciado um plano de recapeamento .  O serviço começou pela Rua Benedito Ramos da Silva (Bizunguinha), passando pelas Ruas Jonas Marques da Silveira até a Rua Salomão Arbex.
 
Saiba as ruas que serão recapeadas nesta etapa
 
Vila São José
Rua Franz Buchler
 
Vila Cantizani
Setores entre as ruas Rua José Tertuliano Gonçalves e Avenida Humberto Martgnoni.E as ruas  Jonas Marques da Silveira, Albino Rodrigues Costa, João Antônio Neto,Teófilo Alcântara, Joaquim Rodrigues Tucunduva e Salomão Arbex 
 
Centro
Setor entre as Ruas Washington Osório de Oliveira e Major Mariano. E ruas Major Benedito Ramos da Silva, Vicente Laino e Antônio Mercadante Sobrinho
 
Setor entre Avenida Dr Domingos Teodoro Gallo e Rua Major Mariano e ainda as ruas
 Joaquim Fiúza e Cândido José dos Santos
 
Setor entre a Rua Washington Osório de Oliveira e  Avenida Dr. Domingos Teodoro Gallo.
E a a rua Cândido José dos Santos 
 
Setor entre a Rua Major Mariano e Rua 13 de maio e ainda a rua Cândido José dos Santos 
 
Vila Boa Vista
Rua Constantino Leman e Ruas 1 e 2
 
A primeira foto deste material foi feita na Rua Candido José dos Santos pela moradora Lúcia Reimão esposa do artista plástico João Reimão.
Há uma nostalgia entre alguns moradores da cidade em relação ao paralelepípedo. Segundo informações de um Portal sobre Matemática o paralelepípedo que para nós pirajuenses tornou-se um símbolo da tradição histórica de uma cidade colonizada no final do século 19 é uma figura geométrica espacial que faz parte dos sólidos geométricos. Trata-se de um prisma que possui base e faces em formato de paralelogramos (polígono de quatro lados), diz essa reportagem. 
Ou seja,em outras palavras, o paralelepípedo é um prisma quadrangular com base de paralelogramos.
Olhem que termos inusitados para nós leigos !
 
Tráfego 
O asfalto para alguns traria mais segurança e diminuiria a vibração nos automóveis, porém ecologistas defendem a continuidade do uso dos paralelepípedos porque entendem que ele diminui o impacto ambiental em relação à drenagem da água. Assim, fomos pesquisar sobre o tema e encontramos isto num documento chamado "Olhares sobre Pelotas"  que nos  conta sobre a colocação e manutenção desses polígonos de quatro lados. Publicamos o relato de 2013 aqui mais para saciar a curiosidade de alguns leitores sobre o tema.
Mas veja que interessante o que vem a seguir:
"Olhares sobre Pelotas" : "Os calçamentos do tipo paralelepípedo são considerados pavimentos ecologicamente corretos, permitindo a infiltração da água da chuva. A sua colocação tem um termo específico, de origem portuguesa, “calceta”. Centenários, um trabalho considerado duríssimo, que em certo tempo era oferecido aos presidiários como forma de abreviar as penas de detenção, simplesmente porque faltavam operários dispostos a trabalhar sob condições tão adversas, confeccionados com muita arte e alta técnica.
 
O trabalho final de preparação é chamado de “cantaria” e exige, após o corte da pedra na pedreira, pelo menos dois tipos de profissional: o que faz o acabamento da pedra e o que faz a “cantaria”, a lavra e o polimento da pedra como produto ornamental.
 
As pedras que ainda percorrem as largas ruas de Pelotas eram fornecidas pelas pedreiras do Capão do Leão. Os paralelepípedo se tornaram grandes ícones do patrimônio histórico de Pelotas.
 
Antigamente, o material mais usado para pavimentação das ruas era o paralelepípedo, mas com o passar dos anos, ele foi sendo substituído pelo asfalto. Em contrapartida, os benefícios do paralelepípedo são inúmeros, o que o torna insubstituível.
Se tratando de aquecimento o paralelepípedo, por refletir a luz, facilita a dispersão do calor, o que ameniza as altas temperaturas. Ele também diminui o risco de enchentes e alagamentos, pois os espaços que ficam entre os blocos diminuem a vazão de água da chuva para os rios e mananciais, funcionando como um permeabilizador do solo.
 
Os alagamentos costumam acontecer quando a superfície do solo está saturada, impedindo a infiltração de água no solo, que será mais eficiente quando a declividade for menor e apresentar maior concentração de vegetação. Por isso, na hora de planejar as vias urbanas, deve-se levar em conta o tipo solo, sua declividade e, principalmente, sua impermeabilização, uma vez que quanto maior for o escoamento superficial, maior será a probabilidade de alagamentos e enchentes.
Assim, deve-se pensar no tipo de pavimento. Ele pode ser semipermeável, como o paralelepípedo, impermeável, caso da calçada de concreto e do asfalto e permeável, como os blocos vazados.
 
No caso dos paralelepípedos, a infiltração da água é facilitada pela existência de uma fenda de dilatação de 10 mm entre cada pavimento, além disso, as depressões que se formam na fenda contribuem para a retenção da água. Outro benefício é o fato do paralelepípedo ser assentado sobre uma camada de areia. O paralelepípedo ainda é um dos pavimentos mais baratos, sendo sua fabricação feita por meio de lapidação, com utilização de mão de obra para instalação. É necessária manutenção, no entanto, a durabilidade do pavimento é muito superior a do asfalto, com cerca de 50 anos de garantia".
 
Fonte:
 
http://tecparpavimentos.wordpress.com/tag/pavimentacao-com-paralelepipedo/
 
http://pelotascronicasurbanas.files.wordpress.com/2013/03/breve-historia-de-pelotas.pdf