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Bancários da Caixa: essenciais para o Brasil, por Sergio Takemoto

Postado à, 1083 dias atrás | 4 minutos de leitura

Bancários da Caixa: essenciais para o Brasil,  por Sergio Takemoto
Os atropelos de 2020 voltaram a se repetir este ano. E a culpa não é dos beneficiários, que precisam buscar solução para os problemas e se dirigem às agências, sujeitas a se transformarem em focos de disseminação do vírus.
 
Além de amplas e efetivas ações informativas à população, a Fenae sempre defendeu que o pagamento do auxílio emergencial fosse descentralizado para outros bancos. A Federação também entende que o benefício deveria ter sido mantido no valor mínimo de R$ 600 mensais, aprovado pelo Congresso Nacional, e até quando durassem os efeitos econômicos da pandemia.
 
Entendimento semelhante têm, por exemplo, os nove governadores que compõe o Consórcio do Nordeste. O governador do Piauí e presidente do colegiado, Wellington Dias, recentemente enviou ofícios aos ministérios da Fazenda e da Saúde para pedir mudanças na forma de concessão do auxílio, incluindo mais bancos nesta operação. Dias também defende a inclusão dos trabalhadores da Caixa no Programa Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) contra a Covid-19.
 
Além dos governadores do Nordeste, os empregados do banco público contam com o apoio de parlamentares de diferentes partidos e regiões do país, que defendem a vacinação prioritária dos bancários da Caixa por reconhecerem os serviços essenciais prestados à população por estes trabalhadores.
 
Incluir o pessoal da Caixa Econômica Federal como público prioritário na vacinação contribuirá para que não se eleve ainda mais a disseminação do vírus, dado o atendimento bancário ocorrer em ambiente fechado, com manipulação de cédulas e documentos que passam por várias pessoas. No último mês de março, a Fenae enviou ofício ao Ministério da Saúde reforçando a solicitação para que os trabalhadores do banco tenham prioridade na vacinação pelo SUS. A Federação também defendeu celeridade e garantia de imunização para toda a sociedade.
 
Garantir condições dignas de trabalho para os empregados da Caixa é zelar pela preservação desta estratégica estatal que, além de um déficit de quase 20 mil bancários, ainda enfrenta a privatização de subsidiárias e outras áreas rentáveis ao país.
 
Entre um passo e outro, entre uma manobra e outra, o governo vai entregando ao mercado este nosso patrimônio. Fechar os olhos para uma instituição que há 160 anos é o Banco dos Brasileiros representa não só o fim da Caixa Econômica Federal como também dos programas sociais e dos investimentos necessários para o desenvolvimento da nação. 
 
Enquanto existir desigualdade no Brasil, instituições como a Caixa são essenciais, imprescindíveis, assim como provaram ser os 84 mil brasileiros que, todos os dias, vestem a camisa e se orgulham de ser trabalhadores da única empresa 100% pública do país.
 
* Sergio Takemoto é presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).