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Segunda onda do COVID 19 e os impactos emocionais, por Luciana Zanforlin

Postado à, 1242 dias atrás | 4 minutos de leitura

Segunda onda do COVID 19 e os impactos emocionais, por Luciana Zanforlin

Estamos vivendo em um cenário de potencial catástrofe na saúde mental

Manter o equilíbrio mental na quarentena tem sido um grande desafio, uma vez que infelizmente muitas pessoas não tem consciência da importância de buscar um acompanhamento com profissionais da área da saúde mental. 
Seja por preconceito, vergonha e até mesmo o medo de reconhecer que precisa de ajuda.
Independente do motivo que leva a pessoa a não buscar ajuda, fato é, quanto mais você protela, maiores são os riscos no aumento do uso de álcool, tabagismo e demais substâncias psicoativas.
Estamos passando por um período de vulnerabilidade, com muitos fatores estressores, tais como:
- necessidade de afastamento de familiares e amigos;
- incerteza quanto ao tempo do distanciamento;
- medo da perda do trabalho e em muitos casos o desemprego;
- medo de ser contaminado ou até mesmo estar contaminado e a possibilidade de contaminar pessoas próximas;
- medo de ter a COVID 19 e não ter tratamento/leito;
- perda de pessoas queridas sem muitas vezes poder participar do ritual do velório;
- medo de ser mais um número dentre os mortos pela COVID 19;
- adaptações na nova rotina com trabalho, filhos e cuidados com a casa;
- todo ritual diário de proteção como máscara, desinfecção, álcool gel constante nas mãos;
Você já parou para pensar que de um dia para o outro fomos orientados a mudar a rotina, hábitos, o modo como nos relacionamos, estudamos, trabalhamos e nos comportamos?
Enfim, são incontáveis os fatores estressores nesse momento e se não cuidarmos da mente, podemos desencadear quadros de ansiedade, depressão, estresse pós traumático e o aumento do risco de suicídio.
Em entrevista recente, um professor de psicologia de Connecticut/EUA, alertou que a “Segunda onda seria devastadora para muita gente”, justificando que a sensação de medo e incerteza será mais profunda, consequentemente as pessoas estarão mais angustiadas e sem esperança.
Podemos observar dois comportamentos distintos nesse momento: um grupo de pessoas que NEGA a existência do vírus e vivem como se nada estivesse acontecendo e o outro grupo com DESESPERANÇA, que enquanto não houver uma vacina acredita que serão os próximos a morrer.
O ideal? É o equilíbrio. Após oito meses vivendo com a pandemia, já sabemos que o ideal é o distanciamento social, uso de máscara e higiene. O isolamento social a longo prazo traz prejuízos emocionais irreparáveis.
Acredito verdadeiramente que se não tivermos um olhar cuidadoso com nossas emoções, iremos viver uma epidemia de depressão, ansiedade e suicídio.
Aproveite essa extraordinária ferramenta que a maioria das pessoas tem em mãos: o celular! Temos a tecnologia para nos ajudar, possibilitando que possamos, mesmo com a distância, obter atendimento psicológico online, atendimento médico, realizar cursos, trabalhar ou para simplesmente manter o vínculo com nossos amigos e familiares.
REIVENTAR-SE! Essa é a palavra do momento. 

Luciana Zanforlin
Psicóloga – CRP 06/74541
Coach 
Facilitadora de Barras de Access®
Palestrante
Instagram @luzanforlin
www.luzanforlin.com.br