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Roni Brandão: Departamento de Cultura procura familiares do pintor famoso nascido em Piraju

Postado à, 3 dias atrás | 5 minutos de leitura

Roni Brandão: Departamento de Cultura procura familiares do pintor famoso nascido em Piraju

O Departamento de Cultura de Piraju está tentando localizar familiares do artista pirajuense Roni Brandão para tratar de direitos autorais de uma ilustração que um amigo, em São Paulo, pretende usar na capa de um livro. Nascido em 1935 e falecido em 1991, ele teria 90 anos em 2025

Segundo referências públicas de mercado e de acervo, Roni (batismo: Ronaldo Rosas Brandão) foi pintor e desenhista com trajetória entre São Paulo e a Europa, associado ao surrealismo/realismo fantástico, com projeção sobretudo nos anos 1980. Galeria AndreEscritório de Arte

Conforme a Enciclopédia Itaú Cultural, houve mostra individual de Roni Brandão na Galeria André em 8 de novembro de 1983, além de participação em coletivas do período — um registro que reforça a circulação do artista no circuito paulistano. Enciclopédia Itaú Cultural+1

Interessados em colaborar com informações sobre descendentes, irmãos, sobrinhos ou outros parentes podem entrar em contato pelos canais oficiais do Departamento de Cultura (redes sociais institucionais) ou no números de WhatsApp da Folha de Piraju 14- 998628765 ou ainda 14-996661014

Relevância para Piraju

Conforme os registros consultados, trata-se de um artista pirajuense com circulação internacional, cujo percurso ajuda a compor a memória cultural do município. Obras catalogadas e leiloadas nas últimas décadas reforçam a permanência de seu nome no mercado e em acervos particulares.

Saiba mais: 

A trajetória de Roni Brandão circulou entre galerias paulistas e europeias, com uma obra situada entre o surrealismo e o realismo fantástico. A produção foi meticulosa, de baixa escala, e ganhou projeção sobretudo na década de 1980, quando, segundo registros de mercado e depoimentos de colecionadores, houve procura constante por seus trabalhos.

O nome de batismo era Ronaldo Rosas Brandão. Ao longo de mais de três décadas de produção, o artista consolidou um vocabulário próprio: cenas de atmosfera onírica, figuras humanas e animais em suspensão, como se vistas “debaixo d’água”, composição precisa, traço clássico e minucioso.

O que dizem os relatos (transcrições)

“Ele teve muitas exposições em São Paulo, na Europa. Ele transitou bastante. E dentro daquele... do meio da época, ele foi muito conhecido, muito reconhecido.”

“Ele era um dos poucos surrealistas brasileiros, e tinha realmente um trabalho muito sério. Uma técnica muito bem desenvolvida, assim, esses traços clássicos, pequenos.”

“E sempre nesses mundos meio oníricos. Como se estivesse dentro de um sonho, esses animais, essas figuras, parecem um pouco que estão debaixo d’água. Alguns quadros qnos mostramr um pouquinho da ideia.”

“Ele morreu nos anos 90, nasceu nos anos 30. E tem esses diferentes períodos da arte dele. Eu acho que ele nunca saiu do surrealismo, até onde eu sei a trajetória principal dele, estética, foi mesmo no surrealismo.”

“Mas com algumas mudanças, assim, na época dos anos 70, que era uma coisa mais com esses animais, essas frutas, cavalos. E mais pra frente era com os bonecos um pouco mais arredondados, quase como se fossem uns bonecos de neve, assim, meio que uns palhaços, mas muito interessante sempre.”

Percurso e reconhecimento

Segundo materiais de referência consultados e memória de acervo, a recepção crítica oscilou entre classificá-lo como surrealista ou afiliá-lo ao realismo fantástico. A própria discussão reforça o lugar singular de Brandão: um artista brasileiro de extração interiorana, que alcançou visibilidade no eixo São Paulo–Europa e manteve coerência estética ao longo do tempo.

Conforme colecionadores relataram, as revendas sempre foram escassas. A produção era “requintada e demorada”, o que, somado ao interesse persistente de um grupo de compradores, tornou as obras menos frequentes no mercado secundário. O auge de demanda e circulação aconteceu nos anos 1980.

Fases da obra 

Anos 1970 – Temas recorrentes: animais, frutas, cavalos; ambientações de sonho; construção formal rigorosa.

  • Virada para os 1980 – Consolidação do vocabulário onírico e da técnica “de traços pequenos”.

  • Período final – Figuras mais arredondadas (“bonecos”, “palhaços”), mantendo a atmosfera de suspensão e o diálogo com o surrealismo.

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