Iniciativa vem num momento para lembrar que a fé ainda é uma das melhores formas de proteção. Distribuição será gratuita, mas poderá não será feita dia 20 por questão de segurança
No século IV, o imperador Constantino, que se converteu ao cristianismo, mandou construir a Basílica de São Sebastião, em homenagem ao próprio santo, perto do local de seu sepultamento, junto à Via Appia, em Roma, Itália. Nesse período, Roma estava sendo assolada por uma terrível peste. A partir do translado das relíquias de São Sebastião até a basílica, a epidemia desapareceu e, por esse acontecimento e tantos outros, o santo não parou de ser venerado como protetor que combate a peste, a fome e a guerra.
Nada mais apropriado, este ano, o relançamento pela Paróquia de São Sebastião das fitinhas de São Sebastião. Por decisão da Paróquia, a distribuição será gratuita e realizada seguindo um protocolo de prevenção, mas ainda não foi decidida se haverá entrega da fita dia 20 de janeiro, em razão da fase de restrição.
A confecção das fitas foi realizada e doada à Paróquia de São Sebastião, que tem como pároco o Pe. Gilberto Moretti, por Eduardo Pozza, Paulo Arantes, Carlos Dognani, Gabriel Pires Junior e Giovanka Martignoni.
História de São Sebastião
São Sebastião nasceu em Narbonne, na França, no ano de 256 da Era Cristã. Seus pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro.
No tempo do imperador romano Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos. Sebastião entrou para o serviço no Império como soldado e não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem, converteu-se ao cristianismo.
A fama de benfeitor dos cristãos se espalhou e Sebastião foi denunciado ao imperador. Este, inicialmente, tentou fazer com que Sebastião renunciasse ao cristianismo, mas diante do imperador, Sebastião não negou a sua fé e foi condenado à morte. Seu corpo foi amarrado a uma árvore e alvejado por flechas atiradas por seus antigos companheiros, que o deixaram aparentemente morto. Resgatado por algumas mulheres lideradas pela cristã chamada Irene, foi levado sob seus cuidados e conseguiu se restabelecer.
Depois de recuperado, São Sebastião continuou evangelizado e indiferente aos pedidos dos cristãos para não se expor, apresentou-se ao imperador insistindo para que acabasse com as perseguições e mortes aos cristãos. Ignorando os pedidos, desta vez, Diocleciano ordenou que o açoitassem até a morte, e depois seu corpo fosse jogado no esgoto público de Roma, para que não fosse venerado como mártir pelos cristãos. Era o ano 287 da Era Cristã.
Mais uma vez, seu corpo foi recolhido por uma mulher chamada Luciana, que o sepultou próximo das catacumbas dos apóstolos. No século IV, o imperador Constantino, que se converteu ao cristianismo, mandou construir, em sua homenagem, a Basílica de São Sebastião, perto do local do sepultamento, junto à Via Appia, para abrigar o corpo do santo. Seu culto iniciou-se nesse período, quando Roma estava sendo assolada por uma terrível peste e que a partir do translado das relíquias de São Sebastião a epidemia desapareceu. A partir desta época, São Sebastião passou a ser venerado como santo padroeiro contra a peste, a fome e a guerra.
Origem das fitas de São Sebastião
Na primeira vez que foi confeccionada, 2011, a fitinha foi iniciativa da Paróquia de São Sebastião, que encomendou 20 mil fitas. Uma vez benzidas, rapidamente se esgotaram. A arte da fita, então, foi do artista pirajuense Gervásio Pozza, que novamente deu sua contribuição para o presente relançamento.
Diz a tradição, segundo historiadores religiosos, que o uso de fitas religiosas advém do antigo costume de utilizar tiras de roupas de santos para ter sorte ou proteção. Com o passar do tempo tornou-se difícil encontrar restos de roupas de santos e, por isso, o costume foi gradativamente substituído por fitas coloridas com dizeres ou referência ao santo.
Na história brasileira, a famosa fita do Bonfim, na Bahia, é fabricada desde 1809, e para seu uso tradicional deve ser envolvida com duas voltas no pulso esquerdo e ser atada com três nós, cada um deles correspondendo a um pedido feito em silêncio. Acreditam os fiéis que os desejos serão realizados quando a fita romper-se espontaneamente. Há ainda uma minúcia a ser ressaltada em relação a esta fita: ela não deve ser comprada, mas sim, presenteada.
Fitas de São Sebastião foram doadas por Eduardo Pozza, Giovanka Martignoni, Gabriel Pires Junior, Paulo Arantes e Carlos Dognani. Arte foi de Gervásio Pozza.
São 30 mil fitas para serem entregues, mas logística da distribuição depende da segurança