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In memoriam Ayrton Senna
Postado à, 401 dias atrás | 
5 minutos de leitura
Eu tinha apenas dez anos de idade na plenitude e alegria da minha infância quando presenciei um dos momentos mais marcantes da história do automobilismo. Era o dia do trabalho, uma data que geralmente significava lazer e diversão para mim, mas que se transformou em um dia sombrio que ficaria gravado em minha memória para sempre.
Naquele fatídico dia, enquanto muitos celebravam o descanso e a liberdade, eu me encontrava diante da televisão, assistindo à corrida de Fórmula 1 no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Imola, na Itália. O que parecia ser apenas mais um evento esportivo com carros velozes e ultrapassagens emocionantes logo se transformou em uma cena de horror que eu não conseguia compreender.
Lembro-me vividamente dos meus pais me abraçando e tampando meus olhos, tentando proteger-me do que estava acontecendo diante das câmeras. Na minha inocência infantil, não entendia por que eles estavam tão perturbados. Afinal, para mim, aquilo era apenas uma corrida de carros, um espetáculo de velocidade e adrenalina.
Somente mais tarde, quando a comoção nacional e internacional começou a se espalhar, eu percebi a gravidade do que havia acontecido. Não era apenas uma colisão entre carros, não era apenas um acidente comum. Era a perda trágica de um ícone, um herói nacional, Ayrton Senna.
Ayrton Senna faleceu naquele dia, 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, quando perdeu o controle de seu carro na curva Tamburello e colidiu violentamente contra o muro de proteção. Ele foi levado ao hospital, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.
Mesmo após 30 anos, as imagens e as emoções daquele dia continuam a assombrar-me. A proximidade da data traz à tona lembranças vívidas daquele momento fatídico, lembranças que se misturam com a tristeza coletiva de um país inteiro que perdeu um de seus maiores ídolos.
Ayrton Senna não era apenas um piloto de corrida, era um símbolo de determinação, coragem e excelência. Sua morte deixou um vazio que jamais será preenchido, uma ferida que ainda arde nas memórias de todos aqueles que testemunharam sua partida prematura.
Hoje, quando olho para trás e recordo aquele dia, não vejo mais apenas uma corrida de carros. Vejo um momento que marcou o fim da minha inocência infantil, o momento em que percebi que a vida é frágil e que até mesmo os heróis podem cair.
Mas também vejo um legado que perdura, uma chama que continua acesa nos corações daqueles que admiravam Senna. Seu espírito indomável continua a inspirar gerações, lembrando-nos de que, mesmo nos momentos mais sombrios, é possível encontrar luz e esperança.
Assim, enquanto recordo aquele dia trágico há mais de três décadas, também celebro o impacto duradouro que Ayrton Senna teve em minha vida e na vida de tantos outros ao redor do mundo. Ele pode ter partido, mas seu espírito permanece vivo, guiando-nos pela pista da vida com coragem, determinação e paixão.
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Prof. Dr. Pedro Ferreira de Lima Filho é Articulista, Assessor Executivo, Colunista Especial, Correspondente Jurídico, Polígrafo, Polímata, Servidor Público Concursado de Carreira, Leitor Crítico, Filósofo, Pedagogo, Teólogo, Especialista em Educação Especial e Inclusiva, Pós-graduado em Ensino Religioso, Mestre em Bíblia, Doutor em Teologia e Professor Universitário nos Cursos de Graduação e Pós-Graduação no Brasil e no Exterior. E-mail: filho9@icloud.com
FOLHA DE PIRAJU 25 A 27/05/2025 
