Denúncia política infundada cancelou projeto que salvaria Avaré de enchentes
O ex prefeito de Avaré, Wagner Bruno, esclareceu algumas questões sobre as chuvas recentes ocorridas em Avaré que causaram pânico na população. Segundo ele, alguns pronunciamentos de leigos e notas na imprensa e até mesmo de órgãos sérios de nossa comunidade publicaram que entra governo e sai governo nada é feito". Não é o que aconteceu na sua gestão quando medidas tomadas logo no início (2001) evitaram nos quatro anos seguintes que a população passasse por esse tipo de transtorno.
Bruno na cópia de uma carta enviada à Folha de Piraju (também reproduzida no jornal do Sabuguinho on line) ressaltou "não poderia me calar e deixar de trazer esclarecimentos referente ao período em que estive à frente da Prefeitura de Avaré (2001 a 2004)"
Ele esclarece que as obras para combate às enchentes em Avaré têm o custo de dezenas de milhões de reais.
"Um recurso que sabemos o município não dispõe se não vier de outras esferas de governo, principalmente da União", mas prossegue esclarecendo "mesmo assim sabemos que essa obra pode ser executada em etapas".
Assim, Wagner Bruno conta que "ao assumir o cargo de prefeito de Avaré, em primeiro de janeiro de 2001, sabendo que enfrentaríamos logo de início, o período de verão e as fortes chuvas, e ciente da falta de recursos financeiros, um dos primeiros atos de nosso governo, até mesmo antes de tomar posse, foi entrar em contato com a regional do DAEE (regional de Marília), e intermediado por uma diretora tecnica, uma avareense, fizemos convênio, para a cessão de uma máquina tipo “dragline”, nunca antes utilizada em Avaré, para a limpeza e desassoreamento de todos os córregos que cortam o perímetro urbano"
Assim, relembra o ex-prefeito, "já nos primeiros dias do mês de janeiro, a máquina estava em Avaré. Foram realizados trabalhos de limpeza e desassoreamento do Ribeirão Lageado, córregos Água Branca, do Burrinho, São Luís, do Cortume e Pinheiro Machado. Limpeza manual de todas galerias, tubulações e bocas de lobo. Esse conjunto de ações, permitiu que nos quatro anos tivéssemos pouquíssimos pontos com acúmulo de água em épocas de chuva".
Na ocasião Bruno fez uma obra, "que apesar de não estar em área de alagamentos ou enchentes, era considerada um ponto nevrálgico em cada época de chuvas pesadas, a cada chuva, a cada ano que se passava, as águas levavam todo o calçamento, abrindo crateras na pavimentação da rua Bahia, no bairro Alto. Quem não se lembra ? Foi então que executamos cerca de 800 metros de linha de tubulação, com galerias e bocas de lobo, com nova pavimentação, acabando de vez com aquele antigo problema, que também contribuía para o assoreamento do Ribeirão Lageado".
Para seguir com os trabalhos "porque tínhamos ciência de que algo maior precisava ser feito para evitar o pior, realizamos um trabalho político e de bastidores, intermediado, além de mim, por nossos secretários José Mário Rosario e Silvano Porto Rodrigues, amigos empresários, e, pela primeira vez na história de Avaré, e certamente de muitas cidades da região, nossa cidade foi incluída numa emenda da “bancada paulista” na Câmara dos Deputados'.
Então, continua Wagner Bruno, "naquele momento foi elaborado um grande projeto de macro-drenagem da cidade inteira, em que até o bairro do Bonsucesso seria inteiramente drenado. A concepção também apresentava a execução de três reservatórios de contenção (piscinões), dois pré linha férrea (Vila Jardim e Vila Martins III) nas nascentes dos córregos Água Branca e do Burrinho, e um pós linha férrea (Bairro Água Branca/Santana), no encontro dos mesmos córregos. Uma obra orçada à época em torno de 65 milhões de reais. A “concorrência pública” chegou a ser aberta, visitas técnicas foram realizadas, inclusive com uma empresa vencedora. Avaré seria transformada em um grande “canteiro de obras”, certamente hoje seria uma outra Avaré".
Ele relembra e aponta que "infelizmente… um tal de “Valdinei Muniz”, guardem bem esse nome, sempre acobertado pelo Joselyr pai, e também comissionado no início do governo do atual “prefeito locutor peão”, fez duas denúncias vazias e infundadas, uma no Ministério da Integração Nacional, e outra na Procuradoria Geral da República. Ambos órgãos não poderiam fazer outra coisa a não ser abrir investigação, e ao final de dois anos ambas denúncias foram arquivadas por falta de provas; porém, o certame que teve inclusive vencedor, só não foi adjudicado por conta destas denúncias infundadas. Infelizmente quem perdeu foi Avaré, pois a concorrência teve que ser cancelada e Avaré perdeu uma oportunidade histórica de acabar definitivamente com as enchentes".
Ele conclui suas considerações destacando que "os projetos que agora dizem existir, são da nossa época. Se alguém quiser tenho todos os documentos pra comprovar". Na foto da capa o ex prefeito dando entrevista sobre o caso à Rádio Jovem Pan FM Avaré.