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Dra. Brianna Nicoletti, médica Imunologista pela USP fala dos erros de querer escolher a vacina

Postado à, 1003 dias atrás | 4 minutos de leitura

Dra. Brianna Nicoletti, médica Imunologista pela USP fala dos erros de querer escolher a vacina
Por que querer escolher a vacina de Covid-19?  Médica fala dos riscos.
Imunizantes estimulam o sistema imune de diferentes formas, mas todos são testados e eficazes contra o novo coronavírus 
Basta uma rápida passagem de olho no feed das redes sociais e vemos que há pessoas escolhendo a marca da vacina contra Covid-19 a ser tomada. Mas, será que isso faz sentido? 
Segundo a Dra. Brianna Nicoletti, médica Alergista e Imunologista pela USP, uma vacina eficaz é capaz de estimular diferentes aspectos da resposta imunológica, que, de maneira geral, é composta pela imunidade inata, adaptativa celular e adaptativa humoral. 
As vacinas contra Covid-19 disponibilizadas no Brasil foram todas testadas e aprovadas pela Anvisa e, portanto, são seguras e eficazes para o uso na população. A diferença entre elas se dá pela tecnologia empregada na fabricação. 
"Os imunizantes da Astrazeneca e Janssen, disponíveis no país, são feitos com adenovírus modificado e, embora seja raro, ambas podem causar trombose pela ativação imunológica plaqueatária e, por isso, são contraindicadas às grávidas e puérperas de até 45 dias", conta a médica. 
Mas, para a população geral, essas vacinas são seguras: "em nota informativa emitida pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo com o Centro de Vigilância Epidemiológica e com a Coordenadoria de Controle de doenças foi evidenciado que, até o dia 22/04/2021, foram aplicadas 1.590.064 doses da vacina da Astrazeneca sem nenhum caso registrado de trombose com trombocitopenia (plaquetas < 150.000)", cita a médica. 
Mesmo pacientes com problemas cardíacos e histórico de sangramento podem tomar a vacina e, em caso de dúvidas, podem consultar o médico para orientação.
 "É preciso reforçar que os benefícios da utilização das vacinas superam os riscos associados, que os eventos de trombose são raros. Não há evidências de que pessoas que apresentaram trombose ou fatores de risco para trombose tenham maior risco de desenvolver reação à vacina." 
A vacina da Pfizer também apresenta reações anafiláticas, mesmo que raras. Dra. Brianna lembra que reação alérgica imediata não é uma contraindicação à imunização, mas dependendo do risco, o médico pode solicitar o adiamento da vacinação ou indicar a marca a ser tomada.
 
Dra. Brianna Nicoletti 
• Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003) 
• Residência médica em Medicina Interna pela Universidade Estadual de Campinas (2006) 
• Residência médica em Alergia e Imunologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2009) 
• Associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia 
• Médica Especialista em Alergia e Imunologia do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (desde 2013) 
• Integrante da equipe de Qualidade da UnitedHealth Group (desde 2011)