O conteúdo publicado aqui é de um site chamado Encontre tudo AKI"As fortes chuvas que caíram na nossa região provocaram muita preocupação e deixaram muitos habitantes locais desabrigados no ano de 1983. Segundo jornais da época, os prejuízos foram incalculáveis. Choveu muito, cerca de 432,9 milímetros em 17 dias, sem cessar, causando estragos na barragem, que ficou completamente submersa.
Casas ribeirinhas e lavouras se perderam com tanta água. Desde a inauguração da ponte, na década de 30, os pirajuenses nunca tinham visto o rio tão cheio. O prédio do restaurante à época, que hoje abriga a danceteria Pirabar, ficou completamente submerso. As águas faziam “ondinhas” numa Brasilinha totalmente alagada.
O desespero do povo pirajuense aumentou quando as águas volumosas começaram a inundar a bomba receptora da Sabesp. Cerca de 100 sacos de areia foram colocados para tentar conter a inundação, mas isso de nada adiantou, devido à forte correnteza que acabou paralisando os serviços de água na cidade.
Mais de 15 caminhões abastecedores do precioso líquido e mais outros, vindo da região, faziam a distribuição de água nas casas. Mas as chuvas continuavam caindo, sem esperanças de trégua.
Técnicos, engenheiros e a Defesa Civil se mobilizaram para orientar a população assustada, assegurando a todos que a ponte não iria cair .
Depois de muitos dias, a mesma acabou sendo interditada, pois a Cesp - Usina Jurumirim - não suportando mais segurar o fluxo de água, começou a soltar a vazão.
Não tardou muito e um novo pesadelo abateu-se sobre a cidade. O Paranapanema encheu rapidamente e a cidade ficou sem água nas torneiras e sem energia, devido ao alagamento da casa das máquinas.
Sem energia, uma base foi montada em caráter experimental, de urgência, na cidade vizinha de Bernardino de Campos.
O prefeito da época, dr. José Ribeiro, decretou estado de calamidade pública. Muitos desabrigados foram recolhidos em albergues, outros no ginásio de esportes. Todos eles foram alimentados e receberam agasalhos.
Devido às fortes chuvas, que duraram praticamente todo o mês de janeiro daquele ano, quem trabalhava na roça ficou parado. A prefeitura, então, montou um meio de emergência para que a Cozinha Piloto servisse refeição aos mais desfavorecidos ".
As fotos aqui foram enviadas por DONIZETE BATATA.