Como explicamos segue mais uma reportagem sobre a audiência pública realizada na noite de quarta-feira (17), na Câmara Municipal de Piraju. Esse material é o segundo, mas haverão outros na sequência. Optamos por seguir assim para que todos os pontos fossem destacados na reunião que durou 1h50.
O diretor de Turismo Renato Dardes Barbério após a abertura da audiência seguiu sua manifestação antes de abrir a palavra ao público afirmando ser contra qualquer proposta de privatização do Parque das Águas. “Eu sou contra. É o único acesso público ao rio”, declarou, ressaltando que o espaço deve permanecer aberto e gratuito.
Logo ao iniciar sua fala, Barbério destacou os espaços que estão na fila de licitação — a lista completa segue na matéria — e frisou que o Parque das Águas é hoje o único acesso público e gratuito à represa do rio Paranapanema em Piraju. Mostrou que a orla disponível é pequena e reforçou a importância do espaço para a comunidade. E reforçou que "nunca esteve em discussão a privatização do espaço".
Ele lembrou que o projeto do Parque das Águas nasceu em 2012, quando ele ocupava a presidência do CONTUR. Nessa época, Fernanda, sua irmã elaborou a proposta sem apoio da Prefeitura e o grupo conseguiu viabilizar os primeiros passos com recursos próprios, até que houve aporte do Ministério do Turismo. O parque foi inaugurado em outubro de 2022. “Essa luta é de todos nós. Todo mundo defende esse parque”, disse Barbério.
Renato Dardes Barbério diz que, apesar da grande procura, o Parque das Águas ainda carece de serviços organizados e devidamente regularizados. Explicou que os serviços hoje oferecidos na rua não estão em conformidade com o Departamento de Turismo (DETUR) e que, em algum momento, os empresários que atuam ali serão notificados. O objetivo, disse, é promover a regularização.
Como exemplo, citou o contêiner que foi instalado para atender com alimentos e bebidas, mas que acabou transformado em depósito de máquinas. A partir desse ponto, apresentou propostas para diversificar os serviços oferecidos: a instalação de um contêiner duplo com cozinha e área de venda, que poderia até ser ampliado em dois andares, formando um pequeno mirante; a criação de bares noturnos; a locação de equipamentos náuticos como stand up paddle, caiaques, boias e até banana boat; além de bicicleta aquática, práticas de yoga no parque, paredão de escalada, uso noturno da área iluminada, espaço para souvenir de artesanato, festas e eventos.
Ele enfatizou que não cabe ao poder público explorar diretamente esses serviços, mas sim concedê-los a empresários interessados.
A proposta é que os concessionários assumam responsabilidades pela limpeza dos banheiros, pela segurança e até pela presença de guarda-vidas. “Assim o parque fica mais justo: quem tiver o benefício da concessão terá também a responsabilidade da manutenção e operação”, afirmou.
Ao final de sua fala, Barbério passou a palavra aos usuários inscritos e lembrou que todos poderiam também registrar sugestões em formulário, que seriam lidas no dia seguinte.
Nesta reportagem segue a lista das áreas citadas por Renato e que a Prefeitura pretende licitar. Segundo ele, a ideia é que os processos comecem a ser encaminhados ao setor de licitações na média de um por mês.
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