Ação inédita da AASP faz a diferença na vida de 10 crianças com o Projeto Jasmim
Postado à, 29 dias atrás | 16 minutos de leitura
A Associação Amigos da Saúde de Piraju (AASP) reafirma sua vocação social ao implantar o Projeto Jasmim: Flor do Jardim, uma ação inédita voltada ao diagnóstico precoce de dificuldades de aprendizagem na infância, com suporte de profissionais ligados à entidade. O projeto em fase inicial já atendeu 10 crianças da rede municipal de educação básica e deve iniciar imediatamente o atendimento a mais dez.
O projeto nasceu do pioneirismo da AASP, que segue a finalidade para a qual foi criada: atender as demandas da sociedade pirajuense como um todo e especialmente em suas vulnerabilidades na área da saúde, oferecendo apoio real aos seus associados e à comunidade.
O Jasmine foi idealizado pela Dra. Maria de Fátima Gaudensi, advogada, neuropsicopedagoga e diretora do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) de Piraju, com apoio da presidente da da AASP , Mila Bérgamo e a ação tem como objetivo aliar ações de saúde e educação em um trabalho sensível, compassivo e transformador no tocante às crianças, suas famílias e à escola no contexto da inclusão.
As avaliações neuropsicológicas do Projeto Jasmim foram conduzidas pelo psicólogo e especialista em Neuropsicologia, Dr. Aniel Castell, que aplicou os testes com ética, rigor técnico e atenção individualizada. Cada criança foi vista como uma “flor do jardim”, com suas singularidades e potencialidades próprias, em um processo que valorizou o cuidado e a escuta.
Segundo a educadora Dra. Maria de Fátima, “esse é um projeto para fazer a diferença na vida das crianças, das suas famílias e da AASP. Parece tímido, pequeno, mas é apenas o começo”. A profissional destacou ainda o papel essencial do professor, que atua como peça fundamental nesse processo de aprendizagem, aplicando os recursos pedagógicos adequados para que o desenvolvimento de cada criança seja bem-sucedido.
Trata-se de um projeto de extrema e sutil resiliência frente aos cenários que essas crianças e seus pais enfrentam. A ação da AASP traz apoio a um contexto muitas vezes de desamparo diante de situações delicadas, oferecendo um alento às famílias e uma chance real de transformação de trajetórias.
O objetivo principal do Projeto Jasmim é proporcionar autonomia a essas crianças, para que possam se tornar, no futuro, adultos independentes, mesmo com suas peculiaridades e vulnerabilidades. A ação da AASP demonstra respeito aos direitos constitucionais e aos tratados internacionais firmados pelo Brasil, reafirmando o compromisso da entidade com os princípios da dignidade humana, da inclusão e da igualdade de oportunidades. Em outras palavras, a AASP está fazendo sua parte em uma área que ainda precisa avançar muito nas políticas públicas.
A proposta do Projeto Jasmim surgiu da percepção sobre a demora nas avaliações neuropsicológicas disponíveis na rede pública, o que compromete o diagnóstico e o tratamento adequado de muitas crianças. Dessa realidade nasceu a ideia de criar uma iniciativa que antecipasse o processo diagnóstico, facilitasse o acesso à orientação especializada e estimulasse a inclusão educacional e social desde os primeiros sinais de dificuldade.
Esse estudo constitui um Projeto de Intervenção, voltado a minimizar as dificuldades de aprendizagem apresentadas por crianças com algum tipo de distúrbio, síndrome ou déficit, assegurando que cada caso seja analisado de maneira singular. Além de identificar precocemente as necessidades, o projeto orienta pais e educadores sobre os melhores caminhos para o desenvolvimento infantil, incentivando o acompanhamento com profissionais de diversas áreas — como fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos e neurologistas — de forma integrada e contínua.
O Projeto Jasmim teve início em abril e foi concluído em novembro de 2025, com o objetivo de orientar pais e educadores sobre os caminhos de acompanhamento mais indicados para cada caso. O sucesso da primeira etapa levou à programação de novos testes neuropsicológicos, que atenderão mais dez crianças na continuidade da ação.
Presidida por Mila Bérgamo Mazetto, a AASP mantém uma trajetória reconhecida de filantropia e compromisso com Piraju, tendo repassado, desde sua fundação em 1999 pelo médico Dr. Mauro Bérgamo, mais de R$ 7 milhões ao Hospital local. A entidade foi criada para apoiar o Hospital, mas também para desenvolver ações próprias de impacto social — como o Projeto Jasmine e outras iniciativas que engrande cem a AASP e reforçam a importância desse trabalho solidário. Numa dessas ações a AASP doou à prefeitura o terreno onde está sendo construído o Centro de Hemodiálise.
O Projeto Jasmim é uma conquista que beneficia toda a sociedade, unindo ciência, empatia e compromisso comunitário — uma semente plantada em Piraju que floresce inspirando novas ações em favor da inclusão e da qualidade de vida.
Projeto Jasmim: Flor do Jardim emociona na entrega dos laudos e reforça compromisso da AASP com a inclusão
Durante o encontro de encerramento e entrega dos laudos do Projeto Jasmim: Flor do Jardim, realizado pela Associação Amigos da Saúde de Piraju (AASP), a presidente Mila Bérgamo Mazetto destacou a simbologia do nome e a importância do trabalho desenvolvido junto às famílias e às crianças participantes.
“Jasmime, Flor, Jardim. Por que esse nome? Porque cada criança nossa é um jasmim no jardim social. É essa a importância que a gente vê”, afirmou Mila.
Ela explicou que o diagnóstico precoce é um passo essencial para transformar o futuro das crianças e das famílias atendidas.
“Esse diagnóstico precoce que vocês vão ter hoje, com os laudos que o profissional Aniel vai entregar, eu sei — nós da diretoria da AASP temos certeza — que vai fazer a diferença em cada família, em cada criança, em cada aluno que está passando por esse laudo. É muito importante isso. Fico muito feliz em vocês estarem aqui. A participação de vocês, pais, foi fundamental nesse fechamento”, declarou.
Mila ressaltou que este é o primeiro projeto da AASP entregue nessa linha de atuação, mas que outr as iniciativas virão.
“É o primeiro projeto que a AASP está entregando, mas nós vamos fazer um próximo assim que fecharmos com o parceiro. Nós sabemos dessa importância”, disse, antes de convidar o psicólogo e neuropsicólogo Dr. Aniel Castell a se pronunciar.
O profissional, responsável pelas avaliações neuropsicológicas do projeto, expressou gratidão pela experiência e pela parceria com a AASP.
“Certamente. Eu agradeço muito à AASP pela oportunidade de fazermos essa parceria. Estou muito contente de poder ajudar várias famílias, de podermos avaliar e possibilitar saber o que está acontecendo com as crianças que, às vezes, têm problemas na escola, às vezes recebem rótulos e a gente fica meio perdido: o que está acontecendo com o nosso filho? Poder participar, poder ajudar, poder dar essa luz, saber o caminho a seguir, é para mim um imenso prazer”, afirmou Aniel.
Ele acrescentou que participar desse tipo de iniciativa é motivo de alegria pessoal e profissional.
“É muito bom poder estar aqui e ajudar vocês. Espero que essa parceria permaneça. É uma alegria para mim poder ajudar pessoas no desenvolvimento dos seus filhos.”
Encerrando o encontro, Mila Bérgamo agradeceu às famílias e reforçou o vínculo da AASP com o acompanhamento das crianças através do projeto.
“Muito obrigada a vocês todos que estiveram aqui hoje. Como a luz que ele iluminou o caminho, vocês não estão sozinhas nesse percurso. Podem contar conosco, inclusive com o Aniel”, disse.
O Dr. Aniel Castell também concluiu agradecendo:
“Muito obrigado a todos por essa parceria.”
Entrega dos laudos do Projeto Jasmim marca nova etapa do trabalho de inclusão da AASP
Durante a entrega dos laudos às famílias das crianças atendidas pelo Projeto Jasmim: Flor do Jardim, a presidente da AASP, Mila Bérgamo Mazetto, e os profissionais envolvidos no trabalho reforçaram a importância da continuidade da iniciativa e do impacto que ela já representa para a comunidade de Piraju.
Idealizadora e coordenadora do projeto, a Dra. Maria de Fátima Gaudensi, advogada e neuropsicopedagoga, destacou que o objetivo central do Projeto Jasmim é garantir diagnóstico precoce, acompanhamento terapêutico e inclusão com dignidade.
“As crianças com vulnerabilidades ligadas ao aprendizado podem, através desse projeto, ter um diagnóstico e seguir sendo acompanhadas nas terapias que as auxiliarão a ter uma qualidade de vida com dignidade e segurança no futuro. Esse trabalho é de inclusão, mas entendam: essas crianças com diferenciais não precisam de piedade — precisam da nossa atitude e do respeito aos seus direitos constitucionais”, afirmou Maria de Fátima.
Ela lembrou que o Brasil é signatário, desde 2025, de tratados internacionais voltados à inclusão e aos direitos das pessoas com deficiência e dificuldades de aprendizagem, e ressaltou que o desafio está em fazer com que esses direitos sejam efetivamente garantidos, sem que as famílias precisem recorrer à Justiça.
“O que desfoca é as famílias precisarem — e às vezes serem orientadas — a entrar na Justiça para terem direitos reconhecidos. São direitos que deveriam estar assegurados espontaneamente”, observou.
Maria de Fátima informou ainda que a fila de espera por laudos chega a 140 crianças, e que a AASP já se prepara para uma nova fase do projeto, com o atendimento de mais dez alunos em continuidade à ação.
Segundo Mila Bérgamo Mazetto, presidente da entidade, o projeto terá prosseguimento. “O resultado foi muito positivo e nos mostra que esse é o caminho certo. O diagnóstico é um ponto de partida, não um fim. Ele abre portas para um trabalho mais amplo com as famílias, a escola e os profissionais da saúde”, afirmou.
Os laudos entregues representam mais do que um documento técnico. Para as famílias e as escolas, eles funcionam como um passaporte legal, que garante à criança o acesso a recursos de suporte, adaptações e inclusão educacional adequadas.
“O laudo organiza as informações para a família e para a escola, ajudando a criar um ambiente de apoio mais coeso e eficaz, que não se limita a um diagnóstico ou problema específico. Ao explicar as características do aluno de forma técnica, ele permite que a escola crie um plano de inclusão mais eficaz, garantindo que a criança não seja vista como um ‘receituário pronto’”, explicou Maria de Fátima.
Ela concluiu ressaltando que o documento deve servir como instrumento de garantia do direito à educação e ao desenvolvimento, mas sem reduzir a criança ao seu laudo.
“O laudo é para mostrar que a criança precisa de recursos adicionais, mas ela deve ser vista e valorizada antes do documento”, finalizou.
Em tempo: O CAEE de Piraju foi criado pela Lei Municipal nº 09/2016, durante a gestão do ex-prefeito Jair César Damato, como uma entidade municipal voltada à inclusão educacional. Em fevereiro de 2020, o centro permaneceu vinculado ao município, mas passou a ter supervisão da Diretoria Estadual de Ensino, fortalecendo sua atuação em consonância com as políticas públicas estaduais. O espaço funciona na Rua Bibiana Izaura da Silva Andrade, nº 25, Jardim Ana Cristina, e se tornou referência regional em atendimento especializado.
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