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Protegendo o planeta Terra de asteroides

Postado à, 655 dias atrás | 5 minutos de leitura

Protegendo o planeta Terra de asteroides
ShareAmerica -6 de julho de 2022
Sessenta e cinco milhões de anos atrás, um asteroide colidiu com a Terra e matou dois terços da vida no planeta, encerrando o reinado dos dinossauros. Agora, cientistas da Nasa e agências espaciais na Europa estão descobrindo como evitar que futuros asteroides ameacem os humanos.
 
“A ameaça de asteroides é real”, disse a cientista da Nasa Elena Adams durante um painel de discussão em 28 de junho sobre cooperação internacional para defesa planetária. Elena é a engenheira de sistemas da primeira missão de defesa planetária, conhecida como Teste de Redirecionamento Duplo de Asteroide (Dart, na sigla em inglês). A missão Dart é uma colaboração entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana.
 
A Nasa lançou a missão Dart em 24 de novembro de 2021, e a espaçonave está programada para colidir com Dimorphos, um pequeno asteroide (160 metros de diâmetro) no sistema de asteroides Didymos, em 26 de setembro. “Nosso objetivo é bater em um asteroide” e mudar sua trajetória, disse Elena ao evento organizado pelo Departamento de Estado dos EUA.
Árvores desfolhadas tombadas no chão (© Leonid Kulik Expedition/Academia Soviética de Ciências/ESA)
 
O evento de Tunguska, no qual um asteroide destruiu as florestas da Sibéria em 1908, mostra a necessidade de estudar os riscos de colisões de asteroides, dizem os cientistas (© Expedição Leonid Kulik/Academia Soviética de Ciências/ESA)
O painel de discussão, que foi recebido com um discurso de abertura proferido por Jennifer Littlejohn, primeira subsecretária adjunta do Departamento de Estado para o Bureau de Oceanos e Assuntos Científicos e Ambientais Internacionais, foi convocado antes do Dia Internacional do Asteroide da ONU, 30 de junho. A data comemora o aniversário do evento de Tunguska, no qual um asteroide atingiu a atmosfera da Terra sobre o leste da Sibéria naquele dia em 1908. O asteroide — com cerca de 50 a 80 metros de diâmetro — desencadeou uma força que derrubou 80 milhões de árvores, destruindo mais de 2 mil quilômetros quadrados de floresta.
 
O palestrante Thomas Jones, presidente do Comitê da Associação de Exploradores Espaciais de Objetos Próximos à Terra e ex-astronauta, disse que o desastre de Tunguska em 1908 mostra por que agências espaciais, governos e cientistas de todo o mundo devem trabalhar para evitar que asteroides atinjam a Terra no futuro. “Temos a chance de impedir que uma catástrofe natural ocorra usando nossas habilidades de cooperação em todo o planeta”, disse ele.
 
Jones e outros membros do painel disseram que, alterando com sucesso o caminho de Dimorphos — que não está em rota de colisão com a Terra — a missão Dart* mostraria que a comunidade internacional é capaz de se defender contra futuros asteroides que podem ameaçar a Terra.
Ilustração mostrando asteroide e pequena lua no espaço (Nasa/Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins)
Um esquema da missão Dart mostra a nave em rota de colisão com a lua do asteroide Didymos (Nasa/Johns Hopkins Laboratório de Física Aplicada)
Com um sistema de navegação totalmente autônomo, o satélite Dart atingirá Dimorphos enquanto viaja a 6,6 quilômetros por segundo. Antes do impacto, o Dart lançará o pequeno satélite da Agência Espacial Italiana, chamado Satélite Leve Italiano em Forma de Cubo para Captar Imagens de Asteroides (LICIACube), a fim de monitorar a colisão e medir o efeito do Dart no asteroide.
 
Astrônomos e cientistas de todo o mundo também monitorarão as mudanças no caminho do asteroide e, em outubro de 2024, a Agência Espacial Europeia lançará a missão Hera para se encontrar com Dimorphos e revisar os efeitos do impacto do Dart.
 
“Esta é realmente uma missão importante porque é, de fato, o primeiro passo para realmente entender como podemos realmente desviar um asteroide”, disse Ettore Perozzi, do Escritório de Consciência Situacional Espacial da Agência Espacial Italiana.
 
Ou, como Elena disse: “Estamos voltando pelos nossos amigos, os dinossauros.”
 
* site em inglês