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Por ação contra a crise climática famílias vão às ruas de São Paulo (fonte Plurare in Site )

Postado à, 382 dias atrás | 8 minutos de leitura

Por ação contra a crise climática famílias vão às ruas de São Paulo  (fonte  Plurare in Site )
( Esta reportagem é reproduzida pelo nosso portal a partir de Plurare in Site (clique e conheça muitas ações ambientais)
 
Por Elizabeth Oliveira
Especial para Plurale 
 
Consciente de que sensibilização e engajamento da sociedade representam questões-chave diante do agravamento da crise climática, o movimento Famílias pelo Clima pretende fazer a diferença com uma ação exemplar no domingo (26 de março), em São Paulo. Partindo da concentração nas proximidades do MASP, na Avenida Paulista, às 10h, várias gerações terão um dia de intensas atividades que integram a campanha “Defenda o futuro como uma mãe”.
 
Como parte das articulações do dia, o coletivo brasileiro integrante do movimento global Parents for Future sairá em busca de assinaturas para duas mobilizações que consideram fundamentais à luta pelo equilíbrio climático no Brasil: O Projeto de Lei Amazônia de Pé e a inclusão da segurança climática na Constituição federal, chamada de Lei mais urgente do mundo.
 
No site de divulgação da campanha que busca de 1,5 milhão de assinaturas pela proteção da maior floresta tropical do mundo, além da cultura e dos modos de vida de seus povos, encontramos um chamado explica as motivações dessa mobilização. “Propomos uma lei de iniciativa popular que destina os 57 milhões de hectares de florestas públicas na Amazônia para proteção dos povos indígenas, quilombolas, pequenos produtores extrativistas e Unidades de Conservação, além de prever uma maior criminalização para o roubo de terras, a grilagem.”
Sobre a proposta de Projeto de Emenda Constitucional o movimento na internet também esclarece a principal motivação: “A crise climática é um problema de todo mundo. Literalmente. E a atuação do Brasil é fundamental para a gente começar a virar esse jogo. Por isso, precisamos incluir a segurança climática na Constituição Federal, como um direito fundamental de todos e todas. Assim, vamos poder cobrar com mais efetividade que governos e empresas cumpram seu papel.”
Além dessas articulações políticas por atualizações do arcabouço legal brasileiro para o enfrentamento da crise climática, o movimento Famílias pelo Clima que começou o seu processo de formação em 2019 também coletará lixo descartado incorretamente na Avenida Paulista. Com esse gesto simbólico se pretende alertar para a importância do exercício de cidadania sobre um dos problemas urbanos mais impactantes para o aumento de gases de efeito estufa e para a degradação da natureza.
Clara Ramos (Foto acima/ Divulgação), mãe e integrante do Famílias pelo Clima ressalta a importância dessa mobilização social. “Criamos esta campanha para fortalecer o movimento climático de mães e pais do Brasil e mostrar que essa pauta deve ser, cada vez mais, um assunto prioritário na defesa dos direitos das crianças e adolescentes”.
 
Em comunicado à imprensa, os organizadores e apoiadores dessa mobilização explicam como a sociedade pode replicar essa proposta. “A manhã de coleta de assinaturas e resíduos – apelidada de CataCaca - é uma das 13 ideias de ações sustentáveis que podem ser integradas ao dia a dia de pessoas comuns. Elas fazem parte de um kit desenvolvido pela Shoot, estúdio de comunicação que trabalha também com marketing de causas, para o Famílias pelo Clima, e que foi entregue a um grupo de 50 famílias, entre membros do coletivo e influenciadoras.”
 
Marcos Oliveira, Líder Criativo da Shoot ressalta o propósito desse movimento que une diferentes segmentos da sociedade em torno de uma causa comum. “Um dos nossos objetivos com essa ação é mostrar que o cuidado com o planeta começa com ações simples, fáceis e que, de certa forma, já fazem parte do nosso dia a dia. Afinal, todos nós temos que fazer algo com o lixo: pensar o que fazer com ele e mudar nossa atitude pode fazer muita diferença”.
 
A sensibilização pública também é parte da missão, como acrescenta Oliveira: “Outro objetivo é criar empatia com a causa. Em sua missão de abrigar e cuidar de todas as formas de vida, o planeta Terra está sobrecarregado, assim como a maioria das pessoas. Por isso, optamos por criar um diálogo real, pé no chão, para mostrar como o cuidado com o ambiente alivia a sobrecarga dos humanos e do planeta.”
 
O futuro das cidades em risco é parte dos últimos alertas do IPCC
Quem acompanhou este mês a divulgação da Síntese do Sexto Relatório (AR6) de Avaliação sobre Mudanças Climáticas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a última desta década, percebeu que uma das questões mais preocupantes em relação ao agravamento da crise climática envolve o futuro das cidades e, sobretudo, de zonas costeiras de países como o Brasil, tendo em vista tanto o aumento da temperatura como a elevação do nível dos oceanos.
Em um chamado à ação, sobretudo, diante dos riscos que envolvem o futuro da vida urbana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou publicamente que o relatório-síntese do IPCC representa um guia “de como desarmar a bomba-relógio climática”. Nesse documento foi alertado que, para manter o aumento da temperatura global em até um 1,5°C, até 2030, o mundo terá que reduzir as emissões dióxido de carbono (CO2) pela metade. Os cortes deverão evoluir, nas próximas duas décadas, até atingir 99%, em 2050.
Os resultados sintetizados pelo IPCC sobre a gravidade da crise climática e seus impactos já perceptíveis no mundo inteiro são tão provocadores que, antes de os dados serem tornados públicos, governos tentaram provocar alterações no documento final. Os bastidores dessa “queda de braço” diplomática, durante o último encontro dos integrantes do Painel, na Suíça, foram descortinados pelo Climainfo.
 
Fotos que publicamos agora são do movimento que foi feito no dia 26.
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