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Novos rumos do Ecoturismo: mudanças para Fernando de Noronha e oportunidade única para Piraju

Postado à, 1369 dias atrás | 7 minutos de leitura

Novos rumos do Ecoturismo: mudanças para Fernando de Noronha e oportunidade única para Piraju

 

Ecoturismo pós-pandemia: cenário favorável para o turismo em Piraju, tendo como referência Fernando de Noronha.

Nesta reportagem Denis Oliveira Cavalheiro que reside em Fernando de Noronha, mas é pirajuense mostra a tendência da regionalização do turismo trazendo relatos da Ilha de Fernando de Noronha e traça alguns paralelos de alguns caminhos do (eco) turismo pós-pandemia em Piraju.

Por Denis Oliveira Cavalheiro

 
Cenário paradisíaco da ilha “Morro dos Dois Irmãos” (Foto: Denis Cavalheiro)
 

O ecoturismo na ilha foi interrompido desde o mês de março, devido ao avanço da pandemia pelo país. Por receber muitos turistas estrangeiros, em Fernando de Noronha, o vírus rapidamente se espalhou entre os moradores, causando o fechamento do Parque Nacional Marinho e o cancelamento dos voos comerciais para ilha¹.

Hoje, os moradores estão seguros devido às medidas tomadas, mas o turismo foi reduzido a zero, nesse novo caminho que o turismo irá ter que percorrer por decorrência das dramáticas mudanças ambientais e sanitárias que testemunhamos, foi dada a oportunidade ao turismo regional e local, ou seja um turismo sem grandes deslocamentos, baixos custos e que atenda a expectativa nos quesitos de belezas naturais e infraestrutura turística.

Nesse cenário atual, Piraju e Fernando de Noronha se equivalem, no sentido das adequações às futuras demandas junto aos seus potenciais (eco) turísticos. Podemos destacar no caso de Piraju a proximidade com as capitais do Paraná e de São Paulo, rodovias seguras e rápidas, belezas paisagísticas únicas, inúmeros atrativos turísticos (tirolesa, rafting, pesca, passarinhada, cachoeiras, canoagem, esportes radicais e náuticos, gastronomia, arquitetura, patrimônio arqueológico, entre outros) e os baixos custos em hospedagem, alimentação e transporte da região.

É importante apontar que nas propostas políticas dos concorrentes aos cargos de vereador e prefeito nas eleições municipais de 2020, o tema Turismo tenha protagonismo entre os que pleiteiam o cargo público, por que hoje o turismo tem grande representatividade no PIB nacional² (variando de 5% a 10%) e em algum momento pós pandemia esse mercado irá aquecer-se novamente, com muitos recursos e investimentos públicos e privados.

Os pontos negativos pra Estância Turística de Piraju é a frágil aplicação das políticas públicas federais e do estado, a inexistência de uma coesão municipal entre o Turismo, Meio Ambiente, Cultura e Planejamento, a falta de integração do turismo regional entre municípios circunvizinhos, o pouco incentivo fiscal e de capacitação ao setor hoteleiro e de receptivo turístico e a pequena divulgação publicitária e informativa das belezas naturais e cênicas da cidade.

O desenvolvedor do famoso aplicativo Airbnb³ e outros atores da área como a TripAdvisor, explicam que a “retomada do turismo se dará de forma local e regional”, por isso os gestores públicos têm que se ater aos rumos e as tendências do turismo, em especial as Estâncias Turísticas, onde Piraju se destaca no estado de São Paulo e no Brasil, com o trecho ainda intacto frente às hidrelétricas, suas inúmeras praças públicas e a qualidade da água, sendo o rio mais limpo do estado.

 

Cenário paradisíaco em plena área urbana de Piraju/SP (Foto: Denis Cavalheiro)

 

Síntese sobre Denis de Oliveira Cavalheiro

Nascido em Piraju/SP, filho da Dra. Sueli dentista e do popular Cassio Cavalheiro, logo em sua infância participou como muitos estudantes da época do emblemático e caloroso abraço ao rio nos anos 90, uma mobilização ambiental popular nunca mais vista na cidade, onde se ecoou pela primeira vez o grito "Paranapanema Vivo", um marco local na luta da conservação natural, somando-se na época ao marco mundial conhecido como Eco-92, organizado pela ONU - Organização das Nações Unidas no Rio de Janeiro/RJ.

Desde a infância, ligada diretamente ao rio Paranapanema, seus esforços nos estudos foram direcionados a área ambiental, atuando na Zona Costeira e Marinha na região do Porto de Santos/SP e no Bioma Caatinga na região do semiárido brasileiro, onde graduou-se no Bacharelado em Ecologia pela Universidade Federal Rural do Semiárido no município Mossoró/RN, aprofundando seus estudos em abelhas solitárias. No entanto, a partir de 2017, inicia-se sua jornada ao icônico arquipélago de Fernando de Noronha/PE, como monitor guarda-parque do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.

Atualmente coordena o grupo de monitores guarda-parques contratados pela concessionária Econoronha S.A., empresa do Grupo Cataratas S.A., que também faz a gestão da visitação do Parque Nacional do Iguaçu em uma PPP (Pareceria Público Privada), sobre a gestão geral e responsabilidade do ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente.

Maiores informações:         www.cavalheiro.eco.br

                                            http://lattes.cnpq.br/6281318380389406 

Pesca artesanal no arquipélago de Fernando de Noronha (foto: Guilherme Santos).​
Remada na parte represada a montante do rio Paranapanema (foto: Cassio Cavalheiro).​