Menopausa e saúde íntima em destaque na LIVE da Drogacentro
Postado à, 39 dias atrás | 6 minutos de leitura
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Menopausa e saúde íntima: o que muda, como cuidar e por que a fisioterapia pélvica entra na conversa
Live reúne farmacêutica Paula Cury e a fisioterapeuta pélvica Fernanda Ayumi para explicar sintomas, prevenção e tratamento. Público pede continuidade e grupo de apoio no WhatsApp é criado
Uma live inovadora promovida pela Drogacentro Piraju reuniu a farmacêutica Paula Cury e a fisioterapeuta pélvica Fernanda Ayumi para tratar de menopausa e saúde íntima. Durante quase uma hora, as duas abordaram fases do climatério, sintomas geniturinários e vasomotores, riscos à saúde óssea e cardiovascular, cuidados diários e o papel da fisioterapia do assoalho pélvico.
A transmissão teve sorteio de produtos íntimos (sabonetes íntimos, gel lubrificante e hidratantes) e terminou com o anúncio de um grupo de WhatsApp para continuidade do tema.
“Os sintomas não são brincadeira e, muitas vezes, não é todo mundo que entende a nossa posição no período da menopausa”, disse Paula. “Sintomas são comuns, mas não são ‘normais’ a ponto de você ter que conviver com eles sem ajuda. Existe tratamento”, afirmou Fernanda.
Linha do tempo da menopausa — o básico
Climatério (pré-menopausa): começa, em geral, entre 45 e 55 anos, com flutuações hormonais e ciclos irregulares.
Menopausa: é diagnosticada após 12 meses seguidos sem menstruação.
Pós-menopausa: período que se segue aos 12 meses; sintomas podem persistir e exigem acompanhamento.
“A mulher chega dizendo ‘um mês vem, outro não’, e isso é super comum na transição”, disse Paula.
Sintomas que apareceram na live
Vasomotores: ondas de calor (“calor de dentro”), suores noturnos, palpitações. Emocionais e cognitivos: irritabilidade, oscilação de humor, insônia, lapsos de memória, dificuldade de concentração. Geniturinários: ressecamento e atrofia da mucosa íntima; ardor para urinar; aumento da frequência e urgência urinária; noctúria (acordar à noite para urinar); infecções urinárias recorrentes; incontinência; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Riscos de longo prazo: perda de massa óssea (osteopenia/osteoporose) e alterações do perfil lipídico.
“Mesmo tomando cuidado, já acontece. Eu tive osteopenia e evoluí para osteoporose, precisei tratar”, relatou Paula.
Perguntas e respostas (o que o público quis saber)
Quando começa? Quanto tempo dura o ‘calorão’? “Varia de pessoa para pessoa”, disse Paula. Há relatos de anos de sintomas. Estilo de vida, exercício e tratamento fazem diferença.
Dor abdominal faz parte da menopausa? “Dor abdominal é muito inespecífica. Dor pélvica e dor na relação são comuns por conta do ressecamento e da atrofia. Avaliação é necessária”, explicou Fernanda.
Café dá mais vontade de urinar? “Cafeína estimula a bexiga. Se há aumento de idas ao banheiro, vale reduzir café e chás cafeinados”, orientou Fernanda.
Cranberry ajuda em infecção urinária recorrente? Segundo Paula, há boa aceitação clínica: “A gente acompanha e vê ótimos resultados quando há indicação médica”.
Fisioterapia pélvica ajuda no quê? “Incontinência urinária, urgência, noctúria e disfunções sexuais ligadas ao ressecamento e à atrofia. Trabalhamos treino do assoalho pélvico, ajustes de hábitos (como ir ao banheiro, hidratação) e orientação para exercícios”, disse Fernanda.
Quando procurar a fisio? “O ideal é não esperar a queixa piorar. Prevenção já na pré-menopausa ajuda. Mas tratamos em qualquer momento”, afirmou Fernanda.
Relatos e aprendizados
Medicação hormonal e modismos Paula contou um episódio com implante hormonal (“chip”) que não deu certo: “Errou-se a dosagem. Tive efeitos indesejados, taquicardia e precisei retirar. Devagar e sempre: começar com formas ajustáveis, como gel transdérmico, sob avaliação profissional”.
Caminhada de longa distância e perda de urina “Busquei a fisioterapia pélvica para aguentar quatro, cinco dias de caminhada. Com treino e orientação, deu certo, sem apuros”, relatou Paula.
Cuidados práticos do dia a dia
Água em vez de cafeína
Observe a cor da urina: amarelo clarinho é o alvo. Urina concentrada irrita a bexiga e favorece infecção.
Higiene e hidratação íntima
Sabonete específico para a região íntima, sem perfume, com tensoativos suaves.
Gel lubrificante à base de água e hidratante íntimo para pele vulvar ressecada.
Objetivo: proteger a barreira da mucosa, evitar fissuras e reduzir irritação.
Exercício e força
Musculação e treino do assoalho pélvico ajudam a conter perda urinária e melhoram função sexual.
Em casos de impacto (pular, tossir, espirrar), estratégia é aprender a ativar a musculatura no momento certo.
Sono e humor
Insônia é frequente. Avaliar rotina, fitoterápicos e, se necessário, acompanhamento médico.
“Não naturalize o sofrimento. Procure ajuda: sempre existe um caminho terapêutico”, disse Fernanda.