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Unibes Cultural e Bemtevi criam projeto “Patrimônio Cultural É Turismo”

Postado à, 217 dias atrás | 7 minutos de leitura

Unibes Cultural e Bemtevi criam projeto “Patrimônio Cultural É Turismo”
 
Objetivo é o de fortalecer empreendedores da região de
Angra Doce – divisa de São Paulo e Paraná
 
O projeto inovador "Patrimônio Cultural é Turismo",
iniciativa da Unibes Cultural em parceria com a Bemtevi Investimento Social, e apoiada pela
CTG Brasil, tem como principal objetivo guiar 14 empreendedores locais em uma Jornada de
Aprimoramento, consolidando conhecimentos em relação a seus negócios na região conhecida
como Angra Doce está em andamento. Nesta quarta-feira  Eduardo Pedote (foto capa) um dos sócios fundadores da Bemtevi, responsável pelo desenvolvimento do programa de capacitação de pequenos empresários de turismo na região  falou sobre a atuação da Bemtevi e sobre a promoção desses projetos com a editora da Folha de Piraju, Maria Ângela Ramos (Laka) . 
A organização foi criada há 8 anos como um modelo de negócio social com objetivo principal de encaminhar soluções  e fortalecer modelos dentro do mercado de turismo apoiando desenvolvimento socio ambientais de iniciativas criando pontos de conexão com projetos alinhados com os temas de Angra Doce no caso dessa região.
Ao longo do processo, foram feitos 10 encontros com os participantes, totalizando mais de 366
horas/time, com apresentação das ferramentas de planejamento estratégico e de gestão de
negócios, e onde também houve oficinas de capacitação visando o desenvolvimento de suas
iniciativas de maneira mais sólida e eficaz. Workshops interativos desempenharam um papel
crucial, permitindo que os empreendedores compreendessem a essência de cada ferramenta e
aplicassem os conceitos de forma prática no dia a dia.
Entre as ferramentas utilizadas, destacam-se:
• Plano de Negócios: em formato de apresentação ou texto, utilizando exclusiva
plataforma da Bemtevi.
• Análise SWOT: identificação de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de seus
negócios, compreendendo quais estratégias poderiam ser elaboradas para
potencializar seus pontos positivos e minimizar seus desafios.
• Modelo de Negócio: eles puderam trabalhar na construção de desenhos que
evidenciam os principais atores e atividades envolvidos em sua atuação e o
correspondente fluxo estratégico.
• Teoria de Mudança: os empreendedores mapearam os impactos socioambientais que
seus negócios podem, e pretendem, gerar, e também aprenderam a traçar estratégias
claras para alcançá-los.
• Matriz de Estrutura de Equipe: estruturaram as equipes ideais para a operação de
seus negócios, compreendendo as particularidades das áreas e cargos, assim como as
habilidades esperadas para cada função.
• Planilha Financeira: aprenderam a conhecer seus custos, precificar serviços e
produtos, assim como construir projeções financeiras para seus negócios. Por fim,
construíram modelos de visão comparativa dos planejamentos e das realidades dos
negócios, com controles que proporcionarão o adequado acompanhamento da
posição financeira de suas empresas.
 
De acordo com Fernando Simões Filho, outro sócio fundador da Bemtevi, “temos um potencial enorme de desenvolvimento do turismo no Brasil. No ano de 2022, tivemos pouco mais de 3 milhões de turistas internacionais no Brasil, isso é quase metade do que a Torre Eiffel recebeu naquele ano e bem abaixo dos cerca de cinco milhões de estrangeiros que visitaram nossa
vizinha Colômbia”. O turismo tem potencial de impulsionar o desenvolvimento social e a
preservação ambiental e o "projeto em questão foi o primeiro passo na direção do aproveitamento desse potencial para os empreendedores sociais”, completa Simões Filho.
Com base na mentoria da Bemtevi, cada empreendedor apresentou os resultados de seus
planos de negócios, expôs as ferramentas construídas ao longo da jornada, compartilhou
desafios, oportunidades e lições aprendidas.
Dos 14 empreendedores capacitados, 11 elaboraram planos de negócios e três atuaram como
participantes da comunidade, trazendo diferentes percepções para a construção do
planejamento de seus parceiros, assim como fortalecendo as conexões entre os
empreendedores e demais atores da região, dos setores público e privado.
Foram mapeados 27 impactos socioambientais a serem alcançados, de forma que se possa potencializar o turismo sustentável, a cultura e o patrimônio regionais. Dentre tais impactos
merecem ser destacados 1- o maior acesso à cultura; 2- a ocupação dos espaços públicos; 3- o aumento do fluxo turístico; 4- o correto tratamento de resíduos rurais; e 5- o lazer e a educação para crianças a partir de visitas guiadas.
Fizeram parte da reta final da mentoria outras seis instituições: DETUR (Departamento de
Turismo de São Paulo), COMTUR (Conselho Municipal de Turismo de São Paulo), SEBRAE,
Consultoria Cânions Paulista, Unibes Cultural e a CTG Brasil, o que proporcionou ainda mais
conexões, que funcionarão como impulsionadoras do fomento do patrimônio cultural e do
turismo da região.
O projeto “Patrimônio Cultural é Turismo”, em futuro próximo, realizará exposição itinerante
para que outros espaços conheçam a arte e a cultura local da região de Angra Doce.
 
 
Angra Doce está na área em que os rios Paranapanema e Itararé se cruzam, entre os estados do Paraná e de São
Paulo,onde formou-se a represa da Usina Hidrelétrica de Chavantes, ocupando uma área de aproximadamente 400 km2. Em seu entorno, acomodam-se quinze municípios, cinco no norte do Paraná (Ribeirão Claro, Carlópolis, Jacarezinho, Siqueira Campos e Salto do Itararé), e dez na região sudoeste do estado de São Paulo (Barão de Antonina, Bernardino de Campos, Canitar, Chavantes,
Fartura, Ipaussu, Itaporanga, Piraju, Ourinhos e Timburi), que formam paisagens de grande beleza e
muitas atrações. Por conta de todos os seus inúmeros encantos, lembrando Angra dos Reis, no Rio de
Janeiro, a região foi denominada Angra Doce.