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A morte de Maria Clara Paz, de 17 anos, provocou comoção em Avaré e gerou uma série de questionamentos sobre possíveis falhas no atendimento médico prestado pelo Pronto-Socorro Municipal. O caso ocorreu na noite de quarta-feira (27), após a jovem enfrentar uma sequência de sintomas graves e buscar ajuda médica em mais de uma ocasião.

Uma sequência de sinais ignorados

Segundo familiares, Maria Clara vinha apresentando fortes dores de cabeça, vômitos persistentes e episódios de pressão arterial elevada há pelo menos duas semanas. Entre os dias 24 e 26 de agosto, a família procurou atendimento no hospital municipal em diferentes momentos, mas a adolescente foi liberada após receber apenas medicamentos sintomáticos, sem que houvesse investigação mais aprofundada sobre a causa dos sintomas.

Na manhã do dia 27, o quadro se agravou. A jovem voltou ao pronto-socorro com queixas intensas e foi submetida a uma tomografia computadorizada. O exame, segundo relato da mãe, não indicou alterações. Mesmo assim, diante da suspeita de convulsões, foram prescritos medicamentos para controle de convulsão, emagrecimento e enxaqueca. A família afirma que os remédios tiveram custo de aproximadamente R$ 90,00 e que Maria Clara foi liberada para voltar para casa.

A piora repentina e o desfecho trágico

Horas depois, no início da tarde, o estado de saúde de Maria Clara piorou. Ela passou a apresentar novos episódios de vômito, fortes dores e sinais de que algo mais grave poderia estar acontecendo. Por volta das 17h, o SAMU foi acionado e a jovem retornou ao pronto-socorro. Pouco depois, por volta das 19h30, Maria Clara não resistiu.

O corpo foi encaminhado para a UNESP de Botucatu para a realização da necropsia e, em seguida, transferido ao Instituto Médico Legal (IML) de Avaré, que irá determinar as causas da morte. A família aguarda o resultado oficial do laudo.

Nota oficial da Prefeitura e da Secretaria de Saúde

Em comunicado divulgado à imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde lamentou a morte da adolescente e se solidarizou com a família. A pasta informou que “aguarda o resultado oficial do laudo do IML sobre as causas da morte” e garantiu que tomará todas as medidas administrativas cabíveis e necessárias para apurar os fatos.

A Prefeitura de Avaré ainda não comentou sobre possíveis responsabilidades, mas afirmou que a condução do caso segue sob análise e que está colaborando com os órgãos competentes.

Comoção na cidade

A morte precoce de Maria Clara mobilizou familiares, amigos e moradores de Avaré. Nas redes sociais, mensagens de solidariedade e pedidos por justiça se multiplicaram. Colegas de escola e professores também manifestaram pesar.

O sepultamento da jovem ocorreu na manhã de sexta-feira (29), no Cemitério Municipal. O clima foi de profunda consternação.

Repercussão e investigação

A morte de Maria Clara reacende o debate sobre a qualidade do atendimento médico no sistema público de saúde. A família pretende buscar esclarecimentos sobre a conduta adotada durante as consultas e os exames. O resultado da necropsia, que deverá apontar a causa exata do falecimento, será fundamental para esclarecer se houve negligência médica ou falhas no protocolo de atendimento.

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►Com informações também dos Jornal IN Foco, Interativa FM. São Manoel Rádio Clube FM  e Paulista FM, Clube FM887, Jornal A Voz do Vale. Foto reprodução da São Manoel Rádio Clube FM.