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Voltar Nossa Senhora da Nuvem, por Pe. Luiz Antônio Pereira

04/JAN - 04
JAN
Nossa Senhora da Nuvem, por Pe. Luiz Antônio Pereira

Várias são as devoções a Nossa Senhora no Equador, como as de Quinche, Guápulo e aquela de “Nossa Senhora da Nuvem”, cuja aparição ocorreu na cidade de Quito, no dia 30 de dezembro de 1696.
Dom Sancho de Andrade e Figuerôa, bispo de Quito, achava-se gravemente enfermo. Esgotados os recursos da ciência, os médicos aconselharam que ele recebesse os santos sacramentos, como o fez na sexta-feira, dia 28 de dezembro deste mesmo ano.
Os habitantes, profundamente contristados pela doença de seu pastor, resolveram elevar aos céus a suas súplicas, tomando como intercessora Nossa Senhora, aclamada como “Saúde dos Enfermos”.
Naquele tempo havia em Quito o costume de cantar de forma solene o Rosário. Das principais igrejas da cidade saía, então, uma procissão nos dias pré-determinados. Aquele da catedral correspondia, portanto, o domingo. No dia 30 de dezembro de 1696, tanto por causa das preces a favor de bispo, como por ser o domingo marcado, saiu da referida igreja a procissão do Rosário, com extraordinária concorrência de fiéis, não só de gente humilde, bem como das autoridades civis e militares, o presidente da “Real Audiência”, e autoridades do clero. Todos cantavam com fervor as preces do saltério mariano, isto é, o Rosário.
A procissão chegou no adro da igreja de São Francisco, exatamente no momento da conclusão da primeira dezena. Todos se ajoelharam ao toque do sino, enquanto os cantores entoavam o “Gloria Patri”. Eis que de repente um sacerdote exclama em alta voz: “A Virgem! A Virgem”! Todos, então, levantam os olhos para o céu na direção indicada por ele. No lado do oriente, destacando-se o límpido azul do firmamento, via-se uma gigantesca imagem da Santíssima Virgem, formada como que de uma nuvem branquíssima e resplandecente, suspensa entre o céu e a terra. Viam-se distintamente os traços do rosto, um tanto inclinado para o Divino Menino, que trazia no braço esquerdo, e no direito, estendido, trazia à maneira de cetro, lírios brancos. Eram 5 horas da tarde. A aparição se manteve no ar por alguns segundos e desapareceu, apenas os cantores começaram a entoar de novo a saudação angélica.
Ao ser informado, o Vigário Geral ordenou que se lavrasse minuciosamente o fato. Sob a santidade do juramento, 11 testemunhas fidedignas, seculares e eclesiásticas depuseram sobre o ocorrido.
A aparição foi confirmada pela cura inesperada e rápida de Dom Sancho, pois começou a melhorar no momento da aparição, ficando completamente curado poucos dias depois. Como gratidão pela cura, autorizou o culto de “Nossa Senhora da Nuvem”, celebrada no dia 28 de dezembro, bem como erigiu na catedral de Quito um altar especial em sua honra.
Alguns quadros foram pintados em seguida, sendo os mais importantes aqueles que se veneram nos santuários de Guápulo e de Quinche.
Nossa senhora da Nuvem!
Rogai por nós!