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“Nossa Senhora da Batalha” por Pe. Luiz Antônio Pereira
A aparição de Nossa Senhora, denominada como “Nossa Senhora da Batalha”, ocorreu em Portugal, no ano 1385. No dia 14 de agosto desse mesmo ano ocorreu a “Batalha de Aljubarrota”, um conflito entre portugueses e espanhóis. Mesmo com uma tropa bem inferior àquela dos castelhanos, os portugueses não desistiram da batalha e buscaram forças na devoção que tinham para com Nossa Senhora. Além disso, vários deles tinham jejuado durante a vigília da Assunção, deixando de beber e comer até o meio dia, suportando o calor de uma quente manhã de verão, confiando assim o próprio destino nas mãos de Nossa Senhora, protetora dos portugueses.
Porém, mesmo enfraquecidos, a fé daqueles que combatiam era forte, e, então, milagrosamente os espanhóis recuaram. Na mesma hora os portugueses começaram a gritar para comemorar a sua vitória, e, de forma misteriosa, os moradores de Lisboa, a capital que ficava bem distante do local da batalha, ficaram sabendo que haviam conseguido a vitória. Eles souberam da notícia enquanto estavam todos reunidos na igreja da cidade em oração.
O título que hoje conhecemos, isto é, de Nossa Senhora da Batalha, foi instituído no mesmo dia, dia 14 de agosto de 1385. Foi Dom João I que deu as ordens para que se construísse uma igreja em homenagem à Nossa Senhora, que os protegeu e intercedeu por eles para que a vitória fosse possível. Hoje, ela é conhecida em todo o mundo pelos nomes de “Nossa Senhora da Batalha”.
No Brasil, ao invés, época em que a Paraíba, bem como parte do nordeste brasileiro, especialmente dedicados na produção e na comercialização do açúcar, era dominada pelos holandeses, tendo, para isso, tomado na mão, grande parte dos engenhos do estado. O Espírito Santo e Santa Rita sempre foram zonas de produção da cana de açúcar e, portanto, locais de conflitos permanentes com os invasores.
Entre 1630 e 1637 havia um combatente que ficou famoso na região, por empreender uma forte resistência aos holandeses, chamado capitão Francisco Rabelo. Numa dessas lutas, Rabelinho, como também era conhecido, enfrentou as tropas batavas, em condições de absoluta inferioridade, conseguindo ao final da luta, derrotar as tropas holandesas então envolvidas, e matar o próprio administrador vindo dos Países Baixos, na Paraíba.
Por conta da vitória, os habitantes da região fizeram construir na região dos combates, duas igrejas: a Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Santa Rita, e a de Nossa Senhora da Batalha, em Cruz do Espírito Santo. A capela de Nossa Senhora da Batalha, tombada desde 15 de julho de 1938, foi erguida em louvor ao sucesso da empreitada armada contra os batavos. Com porta e duas janelas, às margens da PB-004, próxima à Ponta da Batalha, e mais que centenária, foi reconstruída em 1987, conforme a original, após ruir completamente.
Nossa Senhora da Batalha! Rogai por nós!